Entenda Renda Fixa x Renda Variável
Quando o assunto é começar a investir, uma das primeiras dúvidas que surgem é a diferença entre renda fixa e renda variável. Afinal, esses dois tipos de investimentos estão em praticamente todas as carteiras de investidores, desde o mais conservador até os mais experientes.
Neste artigo, você vai entender como cada um funciona, quais suas vantagens, riscos, e como escolher o ideal para o seu perfil, ou se preferir pode optar pelos dois tipos de investimento.
O que é Renda Fixa?
A renda fixa é um tipo de investimento em que as condições de rentabilidade já são conhecidas no momento da aplicação. Isso significa que você sabe como e quando recebera os rendimentos.
Aqui estão alguns exemplos mais populares de investimento de renda fixa:
- Tesouro Direto (títulos públicos emitidos pelo governo);
- CDBs (Certificados de Depósito Bancário);
- LCIs e LCAs (Letras de Crédito Imobiliário e do Agronegócio);
- Fundos de Renda Fixa.
Exemplo:
O CDB é onde você ‘’empresta’’ dinheiro a um banco e recebe juros em troca.
Existem diferentes tipos de CDBs, como os prefixados, em que a taxa de juros é definida no momento da aplicação ou seja, no momento em que você ‘’empresta’’ o dinheiro.
Os CDBs são protegidos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que cobre valores de até R$ 250 mil por CPF e instituição bancária, ou seja, você pode aplicar R$ 250 mil em uma, duas ou mais instituição bancária e mesmo assim ainda estará protegido pelo FGC em cada uma das suas aplicações em instituições bancária diferentes, também estão sujeitos a Imposto de Renda e, em resgates antes de 30 dias, a IOF.
Em resumo, na renda fixa você ‘’empresta’’ seu dinheiro para o governo ou para uma instituição financeira (bancos) e recebe juros em troca. Portanto, é uma opção mais previsível e segura, ideal para quem está começando e não quer correr grandes riscos.
O que é Renda Variável?
Já a renda variável funciona de forma diferente. Neste caso não há garantias sobre quanto você vai receber ao final do investimento. O retorno depende das oscilações do mercado e pode variar para cima ou para baixo.
Os principais ativos de renda variável incluem:
- Ações de empresas na Bolsa de Valores;
- Fundos Imobiliários (FIIs);
- ETFs (fundos que replicam índices da bolsa);
- BDRs (recibos de ações estrangeiras).
Exemplo:
Ao comprar uma ação, você adquire uma pequena fração de uma empresa, se torna sócio e também participa dos lucros ou prejuízos dela. O valor de uma ação pode subir ou descer dependendo do desempenho da empresa e da oferta e demanda no mercado.
Principais Diferenças entre Renda Fixa e Renda Variável
Para facilitar a compreensão, veja um comparativo direto entre os dois tipos:
- Previsibilidade: a renda fixa tem rendimentos previsíveis, enquanto a renda variável não.
- Risco: investimentos de renda fixa geralmente apresentam baixo risco; já os de renda variável envolvem maior volatilidade.
- Rentabilidade: a renda fixa tende a oferecer retornos menores, porém mais estáveis; a renda variável pode gerar ganhos expressivos, mas também perdas.
- Liquidez: em ambos os casos há opções com liquidez diária, mas na renda variável pode haver dificuldade em vender um ativo pelo preço desejado.
Assim, podemos dizer que a renda fixa é mais indicada para objetivos de curto a médio prazo ou para quem deseja segurança. Já na renda variável se encaixa melhor em estratégias de longo prazo e para quem aceita oscilações no caminho.
Quando escolher a Renda Fixa?
A renda fixa é recomendada principalmente para três situações:
- Reserva de emergência: investimentos como Tesouro Selic e CDB com liquidez diária são perfeitos para formar uma reserva, já que oferecem segurança e resgate rápido.
- Investimentos iniciantes: quem está começando deve priorizar segurança até ganhar mais confiança no mercado.
- Objetivos de curto prazo: se você vai precisar de dinheiro em até dois anos, a renda fixa é a escolha mais prudente.
Portanto, se o seu foco é preservar capital e ter e ter previsibilidade, a renda fixa será sua aliada.
Quando escolher Renda Variável?
A renda variável, por outro lado, faz sentido em cenários como:
- Objetivos de longo prazo: a oscilação do mercado tende a se suavizar ao longo dos anos, aumentando as chances de bons resultados.
- Busca por maiores retornos: ações e fundos imobiliários pode oferecer rentabilidade superior à renda fixa, especialmente em momentos de crescimento econômico.
- Diversificação da carteira: incluir renda variável equilibra riscos e pode proteger o patrimônio contra a inflação.
Contudo, é importante ressaltar: nunca invista em renda variável sem antes ter uma reserva de emergência.
O Papel do Perfil do Investidor
Para decidir entre renda fixa e variável, é fundamental conhecer seu perfil de investidor.
- Conservador: prefere segurança: renda fixa é prioridade.
- Moderado: aceita alguns riscos, mas mantêm boa parte em renda fixa.
- Arrojado: busca maiores retornos e aceita a volatilidade de renda variável.
Assim, o segredo está no equilíbrio: mesmo investidores arrojados mantêm parte da carteira em renda fixa para dar estabilidade.
Em suma, tanto renda fixa quanto a renda variável são importantes no mundo dos investimentos. A primeira oferece segurança e previsibilidade, enquanto a segunda abre espaço para maiores ganhos a longo prazo.
Portanto, a melhor estratégia não é escolher entre uma ou outra, mas sim combiná-los de acordo com seus objetivos e alinhada ao seu futuro financeiro.
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